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Tortas Americanas comigo na Dedo de Moça!

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Olás, tudo bem??
Super novidade que me deixou muito muito feliz! Na terça-feira que vem, dia 18 de Junho, das 19h às 22h eu estarei em São Paulo, na linda Cozinha Conceito da Dedo de Moça, contando um pouco da história das tortas americanas, dos segredos para se assar uma massa crocante perfeita e fazendo, junto com vocês, três receitas típicas - uma fruit pie, uma custard pie e uma meringue pie! Quem for de São Paulo ou estiver por lá, bora fazer [e comer] tortas comigo???
Para se inscrever ou saber mais sobre isso, é só acessar:
 http://www.dedodemoca.net/calendario/# 
e procurar por 'Tortas Americanas com Ricardo Spósito' [que sou eu ;)]. Aproveita para conferir a programação completa de atividades da Dedo de Moça!
Espero vocês! :D


Torta de Abacaxi

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Olás, tudo bem? 
Feliz dia dos namorados! [apesar de que hoje, logo cedo, ouvi que o publicitário João Dória inventou essa data para alavancar as vendas do comércio em Junho, que era um mês meio parado... mas enfim, não é porque Papai Noel não existe que a gente vai deixar de achar graça nele, né?].
Já fiz essa receita de torta umas cinco vezes, e gosto muito dela não apenas pelo creme com casquinha dourada cheio de pedaços de frutas, mas principalmente pela fruta escolhida - abacaxi!
Toda vez que falo sobre framboesas frescas, mirtilos de um azul vivo, ou groselhas brilhantes como pérolas vermelhas, e da dificuldade de encontrá-los frescos no Brasil, me lembro com um sentimento de prazer e compensação da nossa fartura de mangas de todos os tamanhos, do limão cravo vermelho e perfumado, das goiabas carnudas e dos abacaxis suculentos que vem, se não do nosso quintal, da quitanda mais próxima ou do moço do caminhão que passa na nossa porta.
Da mesma forma que usamos berries congeladas, os americanos usam abacaxi enlatado para essa receita [o abacaxi enlatado em suco, não em calda, como encontramos por aqui]. Nem preciso dizer que o abacaxi fresco dá um sabor muito mais gostoso, né?
Espero que gostem, e desejo um feliz dia dos namorados, pra comprometidos e solteiros!

Ah, quer fazer tortas comigo Terça-feira, dia 18 de Junho? Clique aqui e saiba como:
www.dedodemoca.net/calendario


Torta de Abacaxi
[receita retirada do lindo Sweety Pies]

Para a massa:
1 e 1/4 xícaras de farinha de trigo;
1/2 colher de chá de sal;
1 colher de chá de açúcar;
100g de manteiga gelada picada em cubinhos;
De 3 a 5 colheres de sopa de água gelada.

Para o recheio:
3 ovos;
1 xícara de açúcar;
1 colher de sopa de farinha de trigo;
1/4 de xícara de glucose de milho amarela [tipo Karo];
1/4 de xícara [50g] de manteiga sem sal, derretida;
1 colher de sopa de extrato de baunilha;
1 xícara de abacaxi picado em cubos [você pode picar o abacaxi em cubinhos bem pequenos ou cubos maiores, como eu fiz. Deixe-os escorrendo em uma peneira enquanto prepara a torta].

Prepare a massa:
Em uma tigela grande misture a farinha, o sal e o açúcar. Adicione a manteiga picada e amasse com as pontas dos dedos até formar uma farofa úmida. Adicione três colheradas de água, amassando o suficioente apenas para formar uma bola de massa [adicione mais duas colheres de água se for necessário]. Envolva a bola de massa em filme plástico e leve à geladeira por pelo menos 20 minutos.
Sobre uma superfície limpa e enfarinhada, abra a massa gelada, com o rolo, formando um disco de 0,5cm de espessura e 25cm de diâmetro. Cubra o fundo e laterais de uma fôrma para tortas de 22cm de diâmetro com essa massa. Corte os excessos, decore a borda como preferir e reserve no freezer enquanto prepara o recheio.

Prepare o recheio:
Preaqueça o forno a 170 graus.
Na batedeira, em velocidade média, bata os ovos até formarem um creme fofo, espumante. Adicione o açúcar, a farinha, a glucose e a manteiga, e misture bem com uma colher. Junte a baunilha e os pedaços de abacaxi, misture e recheie a massa de torta com esse creme.
Leve ao forno por cerca de 40 minutos, até o recheio dourar e firmar.
Deixe esfriar por 2 horas, em temperatura ambiente, antes de servir.

PS: polvilhei minha torta com açúcar de confeiteiro, mas é totalmente dispensável. 


Torta de Maçãs e Caramelo, da que fiz em SP semana passada!

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Olás, tudo bem??
Andei sumido, né? Eu sei. É que experimentei uma câmera muuuito melhor do que a minha, e depois cadê a vontade de usar minha câmerazinha outra vez? Parece que toda foto que tiro agora, com ela, fica péssima! Mas estou trabalhando nisso, psicologicamente... e também tentando trocar de câmera.. hahaha. Vamos ver qual solução vem primeiro.
Mas o post de hoje é sobre semana passada, quando fui para São Paulo falar sobre e fazer tortas na Cozinha Conceito da Dedo de Moça! Lembra que eu tinha anunciado aqui? Então, o grande dia chegou e já passou, mas deixou tantas lembranças!
Primeiro que, caipira que sou, vou muito pouco para a capital, então só isso já dá uma aventura [juro, toda vez que chego no Tietê sinto uma vontade louca de pegar um busão de volta, imediatamente - sim, sou jeca]. Mas passando o 'medinho' inicial, as coisas melhoram. Minha sorte foi que a Gábs, leitora antiga aqui do blog, foi me buscar na rodô [e não tive como fugir de volta hahaha]. Ela me levou pra uma volta rápida pela Liberdade [onde quero muito voltar, adorei!] e depois me acompanhou à Dedo de Moça.
Na Dedo de Moça funciona a redação do site Dedo de Moça e a Cozinha Conceito, onde são as aulas, treinamentos e os jantares que eles promovem. O lugar é lindo e as pessoas são tão fofas que quase me senti em casa! Quase, porque lá tinha um forno elétrico incrível, e uma Kitchen Aid sonho de consumo, que eu quase tentei por na bolsa e sair de fininho hahaha. Ah, e comprar ingredientes [para a demonstração] em São Paulo é tão legal!!! Tem tanta coisa que a gente nunca viu nem comeu, que só ouvimos falar, né?! Fiquei feito criança na loja de brinquedos. 
Fazer três tortas [com as quais estou super acostumado] na frente dos outros não foi tão fácil quanto eu imaginava [a gente 'vicia' no próprio forno e fogão, né? Demora pra pegar o jeito na cozinha dos outros]. Sorte minha que a primeira torta [de chocolate!] ficou pronta rapidinho e estava tão gostosa [sério, melhor do que as que já preparei em casa!] que perdi o medo/ timidez/ insegurança e o resto foi que foi! Me diverti muito conversando sobre cozinha enquanto cortava fatias de torta pra todo mundo provar! É bom bater papo com gente que fala a nossa língua!
Muuuito obrigado às 'alunas', que foram tão gentis, que me deixaram à vontade e que anotaram tanto! [achei tão bacana!], a Dedo de Moça pelo convite e pela simpatia em me receber na linda cozinha deles e a Gábs, por ter me apoiado tanto o tempo todo!


Lá na Dedo de Moça preparei a Minny's Chocolate Pie [minha torta-coringa]; a clássica Torta de Limão e Merengue [das fotos acima] e essa, que segue abaixo. Espero que gostem! :)


Torta de Maçãs e Caramelo
[rende uma torta fechada de 22cm de diâmetro]

Ingredientes para a massa:
2 e 1/2 xícaras de farinha de trigo;
1 colher de sopa de açúcar;
1/2 colher de chá de sal;
1/2 xícara [50g] de gordura vegetal gelada picada em cubinhos;
1/2 xícara [50g] de manteiga sem sal gelada, picada em cubinhos;
5 ou 6 colheres de sopa de creme de leite fresco gelado.

Ingredientes para o recheio:
4 maçãs tipo Fuji [ou Pink Lady, que descobri que tem em São Paulo!] sem casca/ sementes e picadas em cubos médios;
4 maçãs tipo Granny Smith sem casca/ sementes e picadas em cubos médios;
1/4 de xícara de farinha de trigo;
1 e 1/4 xícaras de açúcar;
1/4 de xícara de água;
3 colheres de sopa [45g] de manteiga sem sal;
2 colheres de sopa de água.

Água para pincelar;
Creme de Leite ou ovo batido para pincelar;
Açúcar cristal para polvilhar.

Prepare a massa:
Em uma tigela grande misture a farinha de trigo, o açúcar e o sal. Adicione a gordura vegetal e a manteiga geladas, picadas em cubinhos, e amasse com as pontas dos dedos até formar uma farofa úmida. Adicione as
colheradas de creme de leite gelado, uma a uma, amassando o suficiente para formar uma bola de massa. Divida essa bola em duas partes, forme com elas dois discos e envolva-os em filme plástico. Leve à geladeira por pelo menos 20 minutos.

Enquanto isso prepare o recheio:
Em uma tigela grande coloque os cubos das maçãs e adicione a farinha. Misture bem para envolver todos os cubos. Reserve.
Em uma panela pequena coloque o açúcar e 1/4 de xícara de água e leve ao fogo baixo, mexendo com uma colher até o açúcar se dissolver. Pare de mexer e deixe ferver por 10 minutos, balançando a panela de vez em quando, até formar uma caramelo dourado e perfumado, como para calda de pudim - cuidado para não passar do ponto! Retire do fogo, deixe esfriar por alguns minutinhos e adicione a manteiga e a água. Misture para dissolver. Volte  panela ao fogo baixo somente até a mistura espumar.
Retire do fogo e derrame, com cuidado, sobre os cubos de maçã. Misture e deixe descansar por 10 minutos, até que as maçãs soltem seus sucos.

Montando a torta:
Preaqueça o forno a 180 graus.
Sobre uma superfície limpa e enfarinhada [ou sobre uma folha grande de papel manteiga] abra, usando o rolo, um dos discos de massa até conseguir um circulo de uns 25cm de diametro. Forre a fôrma de tortas com a massa, deixando uma borda de 1.5cm em toda a borda, e reserve na geladeira.
Abra o segundo disco de massa até conseguir um círculo de uns 24cm de diâmetro, da mesma maneira que o primeiro. Perto do centro do disco, faça quatro furos usando um cortador de biscoito ou uma faquinha afiada. Essa massa será a tampa da torta.
Retire a base da torta da geladeira e recheie om a mistura de maçãs e caramelo. Pincele água na borda da massa da base e com cuidado, transfira a tampa de massa para a torta [enrole com cuidado a massa da tampa no rolo, sem apertar, e desenrole sobre a torta recheada]. Aperte levemente as bordas e corte com uma tesoura o excesso de massa. Pressione a borda com as pontas dos dedos ou com os dentes de um garfo para colar bem a tampa na base.
Coloque a fôrma dentro de uma assadeira retangular, grande, e leve ao forno por 50 minutos/ 1 hora, até que a massa esteja bem dourada e o recheio esteja borbulhando pelos cortes da tampa.
Retire do forno, deixe esfriar sobre uma grade e sirva morna ou em temperatura ambiente.
Vai muito bem com uma bola de sorvete de baunilha!

Pound Cake de Cream Cheese

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Olás, tudo bem?
Uma das comidas-símbolo da minha infância é bolo. Bolo simples, sem recheio ou cobertura ou sabor especial. É bolo do que? Bolo Mata-fome, como chama a minha avó. Ou Bolo de Nada, como diz a chef Heloísa Bacellar. Fato é que fosse na nossa casa ou em casa da vó ou da tia ou da tia-avó, sempre havia um bolinho branco, para no meio da tarde acompanhar a xícara de café dos adultos e o leite com Nescau das crianças. De buraco no meio ou de assadeira [a receita era a mesma, mudava só o formato], as vezes vinha acompanhado de um pote de geléia de goiaba [e a gente abria as fatias no meio e recheava com gosto, antes de comer], outras aromatizado com suco de laranja [que eu torcia o nariz, mas comia], as vezes polvilhado com açúcar e canela e as vezes sem nada mesmo, simprão. Mas estava sempre lá, cortado em quadrados, dentro de uma tupperware amarela, ou virado sobre um prato e guardado dentro do forno. 
O Pound Cake, apesar de mais elaborado e mais farto de ingredientes do que os bolos da minha infância, segue o mesmo princípio: bolo básico, que pode ser servido com quase tudo [geléias, manteiga, frutas, creme batido, sorvete, caldas] mas que vai muito bem também com nada, purinho mesmo. 
O nome Pound Cake aparentemente vem da proporção de ingredientes na receita original: 1 pound [ou libra, que é igual a 453.59 gramas] de cada [manteiga, açúcar, ovos e farinha, que é daquela com fermento]. Nessa versão [que não segue muito bem a proporção original, mas enfim], a manteiga é completada com cream cheese e o bolo ganha aromas de baunilha [use a fava ou o extrato] e raspas de casca de limão cravo, que é aquele vermelho, perfumado. Simples, mas nada simplório, né?
Espero que gostem!

Ah, essa receita dá um bolo grande, de 30cm de diâmetro com furo no meio. Mas nada impede que você faça meia receita, usando uma fôrma de bolo inglês pequena, ou faça a receita toda mesmo e congele as sobras. Se sobrarem, claro. 



Pound Cake de Cream Cheese
[receita retirada daqui, rende um bolo grande de 30cm de diâmetro e furo no meio]

Ingredientes:
3 xícaras [390g] de farinha de trigo;
1 colher de chá de fermento em pó;
1/4 da colher de chá de bicarbonato de sódio;
1/2 colher de chá de sal;
340g de manteiga sem sal, em temperatura ambiente;
230g de cream cheese, em temperatura ambiente;
2 e 3/4 xícaras [550g] de açúcar refinado;
2 e 1/2 colheres de sopa de extrato de baunilha, ou as sementes de uma fava;
Raspas da casca de 2 limões cravo [ou capeta, ou galego, ou do normal mesmo, se você não encontrar desses limões vermelhos];
6 ovos, em temperatura ambiente.

Preparo:
Unte uma fôrma de 30cm de diâmetro e buraco no meio com manteiga e polvilhe farinha de trigo. Bata a fôrma para retirar o excesso de farinha e reserve.
Preaqueça o forno a 170 graus.
Em uma tigela grande, peneire juntos a farinha, o fermento, o bicarbonato e o sal. Reserve.
Na batedeira, usando o garfo tipo 'pá' ou 'leque' [ou na mão mesmo, com uma colher de pau] bata a manteiga e o cream cheese até ficar cremoso. Adicione o açúcar aos poucos, batendo bem e raspando as laterais da tigela. Continue batendo em velocidade médio-alta por 5 minutos, até conseguir um creme claro e bem fofo. Adicione a baunilha e as raspas de limão e bata para incorporar. 
Adicione os ovos, um a um, batendo após cada adição e raspando as laterais da tigela.
Adicione a mistura de farinha, 1/3 por vez, misturando com uma colher, para incorporar.
Passe a massa para a fôrma preparada e alise a superfície com as costas de uma colher.
Leve ao forno por pelo enos 55 minutos, ou até 1 hora e 10 minutos. O meu ficou pronto em 65 minutos - faça o teste enfiando um palito de madeira bem fundo no bolo - se ele sair limpinho, o bolo está pronto.
Retire o bolo do forno e deixe esfriar na fôrma por meia hora. Então desenforme e espere esfriar completamente, se você conseguir.

Madeleines

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Olás, tudo bem?
Sabe quando você percebe que suas ressacas estão durando cada vez mais, e que você consegue beber cada vez menos? E que sair dois dias seguidos torna-se uma coisa impensável na sua vida? E, estranhamente, seus amigos agora te chamam para almoçar ou jantar, não mais pra tomar uma e botar o papo em dia? E quando você sai com eles, alguns levam seus filhos junto. Ou é você que vai à festinha da escola da filha de uma amiga e percebe que não dá para fumar lá dentro - e aparentemente ninguém mais fuma no mundo. Os assuntos, uma hora ou outra, acabam caindo sempre naquele 'lembra daquela vez?!', e algumas pessoas que você achava que te acompanhariam na vida passam a ser apenas  boas lembranças, enquanto outras [as vezes alguém totalmente inesperado] permanecem, firmes e fortes, ufa! 
Pois é, tudo isso são sinais da idade. E tem mais: daí seus amigos resolvem se casar, wow! E pela primeira vez toda a 'galera' estará reunida em uma festa de casamento, todos vestidos com roupa social [aquele papo de 'eu tenho meus estilo próprio' dançou] e dormindo em hotéis e não em colchonetes espalhados no meio da casa de alguém. Muita informação, né? Assusta? Ô se assusta! 
Mas no fim das contas, envelhecer tem lá seu lado bom, ainda mais se por perto estão pessoas passando pelo mesmo processo, junto com a gente, que se lembram dos mesmos bons momentos passados e que compartilham os planos dos futuros.
E essas Madeleines tem muito a ver com isso, desde que Marcel Proust registrou em 'Em Busca do Tempo Perdido' a sensação de retorno ao passado e o poder da memória gustativa desses pequenos bolinhos amanteigados e perfumados de limão. Claro que Madeleines não me trás lembranças da infância nem nada [a presença delas na minha vida é bem recente], mas já tenho duas boas memórias ligadas a elas: meus amigos que se casaram trouxeram um saco de Madeleines francesas da lua de mel, e ainda me emprestaram essa fôrma linda pra testar as versões caseiras. 
Espero que gostem!


Madeleines
[receita retirada do livro Ladurée Doces, rende 24 bolinhos]

Ingredientes:
 Raspas de 2 limões sicilianos;
3/4 de xícara mais 2 colheres de sopa [160g] de açúcar refinado;
4 ovos;
1 e 1/2 xícaras [175g] de farinha de trigo;
1 colher de sopa [10g] de fermento em pó;
180g de manteiga sem sal;
1 e 3/4 colheres de sopa [35g] de mel silvestre.

Açúcar impalpável para polvilhar [opcional].

Preparo:
A massa deve ser preparada na véspera.
Em uma tigela grande, misture as raspas do limão siciliano com o açúcar, apertando com as pontas dos dedos para liberar o sabor. Reserve.
En outro recipiente, peneire juntos a farinha e o fermento. Reserve.
Derreta a manteiga em fogo brando em uma panelinha pequena. Reserve.
Na tigela grande, bata [na batedeira ou usando um batedor de arame] o açúcar com as raspas, os ovos e o mel, até a mistura ficar com consistência de mousse. Acrescente a mistura de farinha, e incorpore bem. Por fim, junte a manteiga derretida e misture. Reserve a massa por no mínimo 12 horas na geladeira, dentro de um recipiente tampado.

No outro dia, unte a fôrma de conchas para Madeleines com manteiga amolecida, e leve à geladeira para a manteiga endurecer. Então polvilhe farinha de trigo, espalhando bem e bata para retirar o excesso.
Preaqueça o forno a 200 graus.
Preencha as conchas com massa até 3/4 da altura delas [eu utilizei um saco de confeiteiro com ponta redonda, para não fazer sujeira]. Leve ao forno por 8 a 10 minutos, até ficarem douradas e barrigudinhas.
Retire, deixe esfriar um pouco nas conchas e desenforme. Polvilhe o açúcar com uma peneira, se quiser.

Sirva as Madeleines mornas, ou deixe-as esfriar e guarde em um recipiente hermeticamente fechado.
Ah, o livro recomenda que mesmo fôrmas antiaderentes devem ser untadas e enfarinhadas.

Torta de Mel e Abóbora

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Olás, tudo bem?
Torta de abóbora e de batata doce são os sabores mais tradicionais do fim de outono nos Estados Unidos e Canadá, época do Halloween e do dia de Ação de Graças. Apesar de parecerem, à primeira vista, sabores estranhos para nós, tanto batata doce quanto abóbora estão muito presentes também em nossas festas de fim de outono, as festas juninas. Enriquecidas com especiarias e servidas em temperatura ambiente, elas combatem bem o frio desse período.
É por isso que, mesmo no meio das minhas férias e em fase de adaptação com a minha nova câmera, eu precisava publicar essa receita! Cremosa, adoçada com mel e temperada com cravo, gengibre, canela e noz moscada, uma fatia dessa torta conforta e aquece - tudo o que a gente precisa nesse frio de lascar, né?!
Para que sua torta de abóbora fique perfeita, vale a pena se atentar para alguns detalhes. Primeiro, das abóboras que já testei, a que funciona melhor é a de pescoço, aquela de fazer doce. E aconselho também a cozinhar a abóbora em pedaços no forno moderado, e não em água fervente - assim ela amolece sem encharcar de água, o que dá um purê muito mais rico em sabor. Por falar em purê, faço o meu no processador, mas você pode usar o liquidificador ou mesmo amassar bem amassadinho, com um garfo. Descobri que a mistura de leite com creme de leite leve [aquele com 17% de gordura] dá um substituto prático e fácil para o leite evaporado, e é o que uso nessa receita. Por fim, fique de olho no tempo de forno da torta: o ponto ideal é quando as laterais do recheio estão firmes, mas o centro ainda levemente mole - se a torta rachar, é sinal de que assou demais [mas não se preocupe, é mais um problema estético, não faz tanta diferença no sabor]. 
É isso, espero que gostem! Ah, e agasalhem-se! ;)



Torta de Mel e Abóbora

Ingredientes para a massa:
1 e 1/4 xícaras de farinha de trigo;
1/2 colher de chá de sal;
1/2 colher de chá de açúcar;
120g de manteiga sem sal gelada picada em cubinhos;
2 colheres de sopa de água gelada.

Para o recheio:
3/4 de xícara de mel [usei 1/2 xícara];
3 ovos;
1/2 colher de chá de canela em pó;
1/2 colher de chá de gengibre em pó;
1/4 da colher de chá de noz-moscada em pó;
1/4 da colher de chá de cravo em pó;
1/4 da colher de chá de sal;
1 colher de sopa de farinha de trigo;
1 xícara de purê de abóbora*;
3/4 de xícara de leite evaporado [1/4 de xícara de creme de leite leve + 1/2 xícara de leite integral];

Prepare a massa:
Em uma tigela grande misture a farinha, o sal, e o açúcar. Adicione os cubos de manteiga e amasse com as pontas dos dedos até formar uma farofa úmida. Junte a água, uma colherada por vez, amassando somente para formar uma bola de massa. Forme um disco com a bola de massa, envolva em filme plástico e leve à geladeira por pelo menos 20 minutos.
Sobre uma superfície limpa e enfarinhada, abra a massa, utilizando o rolo de macarrão, até conseguir um círculo de 28cm de diâmetro. Transfira para uma fôrma de tortas de 22cm de diâmetro, cobrindo o fundo e as laterais. Corte o excesso de massa e aperte as bordas com um garfo, ou decore como preferir. Reserve no freezer enquanto prepara o recheio.

Prepare o recheio:
Preaqueça o forno a 170 graus.
Em uma tigela grande, bata os ovos, o mel, o sal, a canela, o gengibre, a noz-moscada e o cravo. Adicione o purê de abóbora e a farinha e incorpore bem. Por fim, adicione o leite evaporado e misture até formar um creme homogêneo.
Recheie a massa preparada com esse creme e leve ao forno preaquecido por cerca de 35 minutos.
Retire do forno, deixe esfriar completamente sobre uma gradinha e sirva em temperatura ambiente, acompanhado de creme chantilly, se preferir.

*Para o purê de abóbora, eu pico em pedaços uma boa fatia de abóbora de fazer doce, com casca e tudo, e levo ao forno a 180 graus por uns 50 minutos, até os pedações estarem bem macios. Então retiro as cascas e processo a massa cozida de abóbora. Por fim, deixo essa massa escorrer em uma peneira bem fininha, para eliminar o líquido restante.

Key Lime Pie

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Olás, tudo bem?
A Key Lime Pieé uma torta típica de Florida Keys, um arquipélago no litoral da Florida, sudeste dos Estados Unidos. Feita com massa de biscoito triturado, leite condensado, ovos e suco de pequenos limões verdes [chamados em inglês de 'Lime' - 'Lemon' é só o limão amarelo], acredita-se ter sido criada pelos pescadores das ilhas e hoje, devido à sua fama, é considerada a torta oficial do estado da Florida [não é legal cada estado americano ter uma torta oficial?!].
Históricos à parte, momento-confissão: eu sempre tive o maior preconceito com essa torta. Achava uma versão exageradamente facilitada da francesa Torta de Limão e Merengue, que abusava de ingredientes prontos, como biscoitos esmigalhados e leite condensado. Key Lime Pie? Coisa de americano que adapta receita clássica e estraga tudo. Receita pra criança preparar.
E tudo bem, a Key Lime Pie pode ser quase tudo isso mesmo - iconoclasta, preguiçosa, sem muita técnica - mas é tão, tão gostosa que depois de provar o primeiro pedaço, quem liga pra clássicos e técnicas e complexidade, né? ;)
Então se você quer uma sobremesa fácil e inesquecível, aproveita essa receita: massa de biscoitos triturados é moleza, recheio com leite condensado é 'café-com-leite', e a cobertura você ainda pode escolher entre creme chantilly [baba, né?] ou merengue [mais complicadinho, mas ótimo para aproveitar as claras que sobram do recheio]. Eu fiz duas tortas, uma com chantilly e outra com merengue, e não consigo escolher qual a melhor!
Espero que gostem :)


Key Lime Pie
[receita retiradadaqui, rende uma torta de 23cm de diâmetro]

Ingredientes para a massa:
200g de biscoito tipo 'Maria';
100g de manteiga sem sal, derretida.

Ingredientes para o recheio:
1 lata [395g] de leite condensado;
3 gemas de ovo;
1/2 xícara [120ml] de suco de limão verde [usei Thaiti];
2 colheres de chá de raspas de casca de limão.

Escolha a cobertura:
Se você preferir a cobertura de creme chantilly:
1 xícara de creme de leite fresco gelado;
2 colheres de sopa de açúcar;
Raspas de 1 limão para decorar.

Se você preferir a cobertura de merengue:
3 claras de ovo;
180g de açúcar refinado;
Raspas de 2 limões.

Prepare a massa:
Preaqueça o forno a 180 graus.
No liquidificador ou processador, triture os biscoitos até obter uma farinha grossa. Transfira para uma tigela, adicione a manteiga derretida e incorpore bem. Forre o fundo e as laterais de uma fôrma para tortas de 23cm de diâmetro com essa mistura, apertando com as costas de uma colher para compactar a massa.
Leve ao forno por 10 minutos, retire e deixe esfriar enquanto prepara o recheio.

Prepare o recheio:
Na batedeira ou usando um fouet, bata as gemas por uns 2 minutos, até formar um creme fofo e pálido. Adicione o leite condensado e bata por mais 3 minutinhos, lembrando de raspar as laterais da tigela com uma espátula. Por fim, junte o suco e as raspas de limão, misture bem e recheie a massa preparada com esse creme.
Leve novamente ao forno por 15 ou 20 minutos, até o recheio firmar [balance levemente a torta para testar se o creme já firmou].
Retire do forno, deixe esfriar completamente e leve para gelar [você pode cobrir a torta com plástico filme, se preferir] por pelo menos 2 horas, ou de um dia para o outro.

No momento de servir, prepare a cobertura:
Se você escolheu o creme chantilly:
Na batedeira, bata o creme de leite fresco bem gelado com o açúcar até conseguir picos firmes. Cubra a torta com o creme chantilly usando uma espátula ou o saco de confeitar. Polvilhe com as raspas de limão e sirva.

Se você escolheu o merengue:
Leve as claras e o açúcar ao fogo em banho-maria por uns 4 minutos, misturando até o açúcar se dissolver completamente. Passe a mistura para a tigela da batedeira e bata em velocidade alta até que se forme um creme branco, fofo, brilhante e com picos firmes. Adicione metade das raspas de limão e bata para incorporar.
Cubra a torta com o merengue usando uma espátula ou o saco de confeitar, se preferir. Polvilhe com as raspas de limão restantes e sirva.

Potinhos Mornos de Chocolate da Martha

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Olás, tudo bem com vocês?
Depois de um tempo longe da cozinha, cá estou eu de volta para a beira do fogão e para trás da câmera fotográfica! Muda a cozinha, muda a casa, muda a cidade, mas A Cozinha Coletiva e minha vontade de cozinhar [e de fotografar, e de comer, claro] permanecem!
Ultimamente tenho me concentrado na busca de sobremesas práticas no preparo, que fiquem prontas rapidamente e que, de preferência, rendam até quatro porções - senão já viu, né? Pouca boca pra muito doce dá em muita gulodice!
Essa receita da Martha Stewart, por exemplo, era bem o que eu queria! Facinha de fazer, rende quatro potinhos apenas [a gente é obrigado a maneirar] e de brinde ainda tem uma apresentação lindíssima: toda craquelada por cima e surpreendentemente cremosa por dentro! Pra melhorar ainda mais, ela é servida na hora, morna mesmo, e se for acompanhada de uma bela bola de sorvete de baunilha ou chocolate fica mais que perfeita!
Depois dessa, Petit Gateau de rede de Fast Food nunca mais, né? Pelamor!
Espero que gostem!


Potinhos Mornos de Chocolate da Martha Stewart
[receita retirada daqui, rende 4 ramequins]

Ingredientes:
120g de chocolate meio-amargo [usei 55% cacau] picado;
4 colheres de sopa [60g] de manteiga sem sal;
4 colheres de sopa de açúcar refinado;
2 gemas;
2 claras;
1/2 colher de chá de extrato de baunilha;
1/4 da colher de chá de sal;

4 bolas de sorvete de chocolate ou baunilha, para servir [opcional].

Preparo:
Preaqueça o forno a 190 graus. Coloque quatro ramequins sobre uma assadeira baixa e reserve.
Coloque o chocolate picado e a manteiga em uma panelinha e leve ao fogo, em banho-maria [eu levei direto no fogo baixinho mesmo, mexendo sem parar para não queimar], até tudo derreter. Retire do fogo.
Passe a mistura de chocolate e manteiga derretidos para uma tigela, adicione 2 colheres de sopa de açúcar, a baunilha e as gemas e misture para incorporar. Reserve.
Em outra tigela bata as claras e o sal [com um fouet ou com a batedeira] até conseguir picos moles. Adicione 2 colheres de sopa de açúcar, uma por vez, batendo bem até a mistura ficar com picos firmes e brilhante.
Com uma espátula, misture bem 1/3 da mistura de claras na mistura de chocolate. Adicione o restante das claras e mexa delicadamente, de baixo para cima, incorporando as claras em neve, sem bater.
Divida a mistura nos quatro ramequins e leve-os ao forno, por 20 ou 25 minutos, até que eles cresçam e rachem na superfície, mas continuem com o interior molinho [teste o ponto enfiando um palito, que deverá sair melado de massa]. 
Sirva morno ou em temperatura ambiente [acredite, morno é o mais indicado!] acompanhado de sorvete  de creme ou baunilha [depois de retirado do forno, o pudinzinho abaixa, formando uma cavidade perfeita para abrigar a bola de sorvete!].

Torradas francesas com maçãs douradas no bordo

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Olás, tudo bem?
A Cozinha Coletiva anda tão parada, não é?! Voltei a morar com a minha família [pois é, outra vez] e agora concorro diretamente, pelo domínio do espaço da cozinha, com uma avó que adora bolos de caixinha e com uma mãe confeiteira. Além de que família já viu, né? Todo mundo quer saber o que você está cozinhando, todo mundo quer sair na foto de comida que você está tentando tirar, todo mundo quer saber porque, o que, quanto, pra que, onde, etc. E ninguém entende quando você quer refazer aquela receita, porque não ficou exatamente como você queria, e nem quando, depois, você fica tirando mil fotos da mesma coisa, tentando se acostumar com a nova [e pouca] luz disponível. 
A parte boa é que enquanto me acostumo com eles, eles se acostumam comigo [e com minhas esquisitices culinário-fotográficas] e a gente acaba não se matando. Parte boa também é ter uma vizinha fornecedora de ovos caipiras, daqueles pequeninos e de gema vermelhinha, e descobrir que ainda existem por aqui lugares onde você leva seu latão [aparentemente todo mundo tem um latãozinho de alumínio em casa] e compra leite gordo fresquinho! Mal posso esperar pra fazer queijo!
Sobre a receita de hoje, tudo começou com uma coceirinha de preparar brioche em casa, daquelas que não passam até que a gente faça, sabe? Quase quebrei minha batedeira planetária por causa disso [aquela mesma que pulou da bancada, quase se desmanchou inteira pra bater a bendita massa], mas na segunda tentativa [porque na primeira errei e botei o dobro do fermento pedido] consegui brioches Nanterre [aqueles assados na fôrma de pão] bastante satisfatórios! A receita deles fico devendo ainda [esqueci de fotografar o processo todo] mas deixo aqui uma sugestão incrível de café da manhã preparado com eles! Espero que gostem!



Torradas Francesas com Maçãs douradas no Xarope de Bordo
[receita da Martha Stewart, adaptada daqui]

Ingredientes: 
6 ovos;
1 xícara de leite;
1/2 colher de chá de extrato de baunilha;
Canela em pó;
6 fatias grossas de brioche amanhecido [você pode comprar um brioche pronto ou substituir por pão de fôrma amanhecido];
2 colheres de sopa de manteiga sem sal;
3 maçãs, sem cascas e sementes, fatiadas;
2 colheres de sopa de água;
1/2 xícara de xarope de bordo [maple syrup].

Açúcar para polvilhar [opcional].

Preparo:
Bata os ovos, leite, baunilha e uma pitada de canela em pó em um prato grande, onde caibam as 6 fatias de pão em uma única camada. Espalhe as fatias de brioche sobre a mistura, virando as fatias dos dois lados, para que absorvam todo o líquido.
Enquanto isso, leve uma frigideira ao fogo médio, derreta uma colher de manteiga e adicione as fatias de maçã, mexendo para as fatias dourarem dos dois lados. Adicione as 2 colheres de sopa de água e deixe cozinhar, mexendo de vez em quando, por uns 4 minutos, até as maçãs ficarem macias. Adicione o xarope de bordo e uma pitada de canela em pó, misture bem e deixe cozinhar por mais um minuto. Reserve.
Em uma frigideira anti-aderente grande, derreta uma colher de manteiga e, com cuidado, distribua as fatias de brioche encharcadas. Deixe dourar, vire as fatias e douro do outro lado [leva uns quatro minutos para dourar dos dois lados]. 
Retire as fatias, descanse-as rapidamente sobre papel absorvente e polvilhe com açúcar [opcional]. Coloque 2 fatias por prato de servir e cubra com as fatias de maçã e a calda que se formou. Sirva imediatamente!

Churros ao Chocolate, da Nigella

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Olás, tudo bem?!
Quando eu era criança havia um carrinho de churros no jardim da matriz. Sábado a noite passear no jardim da matriz era o único programa da maioria das famílias com crianças: os pais e mães ficavam nos bancos, conversando, e nós correndo e brincando por ali por perto. A gente podia comer pipoca do carrinho do pipoqueiro [sem pimenta!] ou tomar sorvete de palito [sempre de uva!] no cinema na esquina da praça, mas os churros eram terminantemente proibidos: davam dor de barriga, eram encharcados de óleo, de massa pesada, enjoativos, mal-feitos, sem higiene, e por aí vai. Eram tão mal falados que ninguém nem tinha vontade de pedir churros, até as crianças torciam o nariz.
Eu não sei bem qual o motivo real dessa proibição, já que o carrinho de churros permanece funcionando até hoje, mas em consequência disso fui provar churros pela primeira vez com uns 17, 18 anos, já na faculdade. Foi quando me dei conta do que eu tinha perdido, todos esses anos sem churros.
Mesmo assim, não sei porque também, sempre achei que churro fosse um doce difícil demais para se fazer em casa [talvez pela 'seringa' especial usada para moldar os churros e recheá-los]. Churro era pra se comer na rua e ponto, até que dia desses Nigelíssima apareceu fritando pequenos churros dourados e mudou tudo! Até duvidei da receita dela, confesso - medo de que fosse uma adaptação facilitada - mas não, era praticamente isso mesmo! Fácil fácil, sem seringa nem nada! E ao invés do recheio complicado de se colocar dentro, as massinhas eram, a cada mordida, mergulhadas em ganache de chocolate! Pecado mortal, algo tão simples de se fazer e tão delicioso, não?!
Espero que gostem, tanto quando a minha família de torcedores-de-nariz-para-churros gostou!

Churros ao Chocolate, da Nigella
[receita daqui, rende 12 churros de aproximadamente 14cm cada]

Ingredientes para a massa:
250g de farinha de trigo;
1 colher de chá de fermento em pó;
1 pitada de sal;
2 colheres de sopa de azeite de oliva;
450ml de água fervente.

750ml de óleo de canola para fritar;
1/2 xícara de açúcar refinado e 1 colher de sopa de canela em pó para passar os churros.

Para o molho de chocolate:
200g de chocolate amargo picado;
50g de chocolate ao leite picado;
2 colheres de sopa de glucose de milho;
300ml de creme de leite.

Prepare o molho de chocolate:
Em uma panelinha pequena de fundo grosso junte os chocolates picados, a glucose e o creme de leite e leve ao fogo baixo, mexendo com uma colher, até que o chocolate derreta e a mistura se torne homogênea, com cuidado para não ferver. Apague o fogo e reserve.

Prepare os churros:
Em uma tigela grande, peneire a farinha, o fermento e o sal. Misture a água fervente com o azeite e adicione à mistura de farinha. Mexa bem com uma colher de pau até incorporar todo o líquido [a massa fica dura, como massa de coxinha, levemente grudenta]. Deixe descansar por 10 minutos.
Em uma panela de fundo grosso e de boca larga coloque o óleo para aquecer [será fritura por imersão, por isso tanto óleo]. O óleo deve aquecer até 170 graus [ou faça o teste adicionando um pedacinho de miolo de pão, que deverá ficar dourado em 30 segundos, sem queimar]. 
Agora você vai precisar de uma tesoura e um saco de confeitar com bico tipo pitanga aberta grande [parece besteira, mas o formato é importante - as dobrinhas do bico pitanga aumentam bastante a área de contato da massa com o óleo, deixando o churro mais sequinho e crocante]. Passe toda a massa para o saco de confeitar e esprema os churros diretamente sobre o óleo quente, cortando com a tesoura quando alcançar o tamanho desejado [fiz os meus com 14cm mais ou menos, mas você pode fazê-los curtinhos]. Frite 3 churros por vez, por uns 4 minutos até ficarem dourados de todos os lados.
Retire os churros do óleo e escorra em papel absorvente.
Passe cada churro na mistura de açúcar e canela, batendo levemente para tirar o excesso, e sirva imediatamente, acompanhados do molho de chocolate [que pode ser reaquecido na hora de servir].



French Coconut Pie

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Olás, tudo bem com vocês?
Tô triste - nesse final de semana foi o segundo Encontro Gourmet [que é o encontro nacional de blogueiros de comida] e pela segunda vez eu não pude ir. Nunca na vida quis morar em São Paulo mas nessas horas dá até vontade, viu? Só para ficar mais perto das pessoas, dos acontecimentos, dos lugares pra comer e comprar ingredientes, enfim. Mas eu vi pelo Facebook e Instragram dos food-bloggers participantes que mais uma vez o evento foi o maior sucesso, então aproveito aqui pra parabenizar a Dani e o Wlad, do Cinebistrot, a Cecília do YesWeCook e a Sandra do Caldeirão da Bruxa Solar, organizadores do encontro. Arrazaram! :)

E como uma tristezinha sempre pede um doce, fui pra cozinha fazer torta! 
A sobremesa de hoje de francesa tem só mesmo o nome [French Coconut Pieé Torta de Coco à Francesa]. Na verdade trata-se de uma torta bem americana, de massa crocante e neutra e recheio a base de ovos, manteiga derretida e açúcar. Aliás, essa mistura é comum, as vezes acrescida de glucose, as vezes de vinagre, a quase todas as tortas de creme assado [você pode ver algumas delas aqui: Pecan PieChess Pie, Buttermilk Lemon Pie,Shoofly Pie, Torta de Abóbora]. Semelhante à maioria dessas tortas, a French Coconut Pie quando assada ganha uma superfície dourada e bastante crocante que contrasta com o interior cremoso, amarelo e doce. Deliciosa!
Epa! Mas cremoso, amarelo, doce e coco na mesma sobremesa não parece vagamente familiar?! Pois é!!! Imagina a minha alegria ao perceber que eu tinha feito praticamente uma torta de Quindim! [eu que sou louco por Quindim!]. 
Fiquei tão empolgado com essa torta que da próxima vou tentar como coco fresco ralado, pra ver se fica ainda melhor!
Espero que gostem, e ótima semana a todos!


French Coconut Pie
[receita retirada daqui]

Para a base:
1 e 1/3 xícaras de farinha de trigo;
1 colher de chá de açúcar;
1/4 da colher de chá de sal;
1/2 xícara [100g] de manteiga gelada picada em cubinhos;
3 colheres de sopa de água gelada.

Para o recheio:
100g de manteiga derretida;
1 e 1/2 xícaras de açúcar;
3 ovos inteiros [uso ovos caipiras pela cor alaranjada deles];
1 xícara de flocos de coco adoçados;
1 colher de chá de vinagre branco;
1 colher de chá de extrato de baunilha.

Prepare a base:
Em uma tigela misture a farinha, o sal e o açúcar. Adicione a manteiga gelada e misture, apertando com as pontas dos dedos, até formar uma farofa úmida. Adicione as colheradas de água, uma por vez, e amasse apenas o suficiente para conseguir uma bola de massa.
Achate essa bola para formar um disco, envolva em filme plástico e leve para gelar por meia hora.
Sobre uma superfície enfarinhada abra a massa com o rolo até conseguir meio centímetro de espessura. Cubra o fundo e laterais de uma fôrma para tortas de 22cm de diâmetro com essa massa, cortando os excessos com uma tesoura e apertando a borda com o garfo ou com as pontas dos dedos para formar um desenho.  Mantenha a fôrma no freezer enquanto prepara o recheio.

Prepare o recheio:
Preaqueça o forno a 180 graus.
Em uma tigela grande bata os ovos com um garfo. Adicione o açúcar, a manteiga derretida fria, o vinagre e a baunilha e misture bem. Por fim incorpore os flocos de coco.
Recheie a fôrma preparada com esse creme e leve ao forno por cerca de uma hora, até que a superfície fique dourada e firme.
Sirva depois de fria.

Doce casamento!

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Olás, tudo bem?
Essa história começa em junho, quando eu - inseguro, perfeccionista e auto-crítico - num momento de inspiração divina [ou loucura total] aceitei o convite da Vivi, uma amiga da faculdade que eu não via faz tempo [e freguesa da época em que eu vendia tortinhas de limão, trufas e brownies na facul], de fazer com ela os doces e bolo para uma festa de casamento.
Depois de doces escolhidos e imagens de referência definidas, o tempo passou, a semana passada de repente chegou e com ela cheguei eu em São Paulo, munido de mala de roupas, bicos de confeitar e batedeira planetária.
Na casa da Vivi sabe aquela coisa de ficar meio sem graça ao rever alguém que a gente não vê faz tempo? Pois não teve nada disso! Incrivelmente, parecia que a gente não se encontrava fazia dois dias,  não uns dois anos. Começamos pelo trabalho de fada [ou de freiras cegas do Himalaia]: passando pétalas de mini-rosas comestíveis, uma por uma com pinça cirúrgica, na clara de ovo e depois no açúcar, para a decoração dos doces. Depois, de tanto praticar, conseguimos um ritmo quase fabril [ e febril também] no processo de abrir/ gelar/ cortar/ gelar/ assar/ esfriar/ guardar biscoitinhos amanteigados de amêndoas, e no segundo dia de trabalho o andar todo do apartamento cheirava a biscoitos quentinhos e a gente já tinhas todos os amanteigados enfileiradinhos nas caixas, prontos para rechear. Depois foram pequenos suspiros coloridos cientificamente segundo os padrões de pantone da decoração da festa [ou quase]. Quebrar um suspiro recém-assado e ver que ficou perfeito - sequinho, brilhante e sem sinais de dourado na superfície - é uma sensação incrível! [eu nunca tinha feito um suspiro decente na vida, mas liguei pra minha mãe pra pedir a receita dela].
Então passamos para a super-equipada cozinha da Kelly, e o ritmo começou a acelerar: a Vivi preparava as massas de bolo de casamento tao perfumadas [aromatizadas com raspas de laranja e limão] enquanto eu dava um fim às bordas de massa [comendo, claro] e preparava assadeiras de brownies baixinhos para serem cortados em forma de coração. Na noite anterior ao feriado ficamos presos no engarrafamento rumo a Campos do Jordão [local do casamento] atolados de caixas de doces até o pescoço [literalmente, com pilhas de caixas no colo que quase tampavam a visão], com um enjoo considerável de açúcar e com o bagageiro lotado de ingredientes.


Em Campos ficamos nem uma casa enorme com a família da noiva [sabe aquelas famílias que no segundo dia de convívio você já chama todo mundo de tio/ tia?]- expulsamos todo mundo da cozinha [ninguém entra sem touquinha!] e começou a saga dos mini-cheesecakes. Ou quase começou, já que três dos quatro quilos de cream cheese que compramos ficaram em São Paulo [mea culpa! Compramos mais]. Mea culpa também ter derrubado uma fôrma grande de cheesecake assim que saiu do forno! De repente tudo ficou difícil: brigadeiros que não pegavam o ponto, copinhos de chocolate que demoravam demais pra secar, ganache que não firmava. Foi quando decidimos que isso tudo nunca mais, que nosso negócio era mesmo arquitetura, que amávamos autoCAD! Calma, respira, canta Lua de Cristal [olha o desespero!] e tudo foi voltando para os eixos e ver a maioria dos doces prontos e embalados foi nos dando um pouco mais de sanidade. A noite chegou com uma tigela enorme de creme de baunilha para o recheio do bolo [e a panela que todo mundo raspou!] e mais alguns tabuleiros de suspiro.


E daí o grande dia chegou num turbilhão: um parque incrível como local do casamento [lindo, de sonho, mesmo!], a decoração impecável [ também homemade, feita por mais amigos arquitetos, pela noiva e pela mãe da noiva], a simpatia das pessoas com a gente [nem parecia que tinham acabado de nos conhecer!], o nosso desespero para montar a mesa de doces, terminar a montagem do bolo [o que quase parecia impossível, mas a Vivi fez mágica e de repente o bolo estava pronto e lindo!], preparar um panelão de calda de frutas vermelhas, ir tomar banho e voltar para o casamento. Uff, que correria!
Mas não é que no fim tudo deu certo?! E nossos medos, arrependimentos e inseguranças e juras de nunca-mais-fazer-isso deram lugar ao orgulho, alívio, surpresa e à alegria do dever [bem] cumprido! E eu, mesmo perfecicionista, auto-crítico e inseguro, me vi pensando em talvez fazer isso pelo o resto da vida!
E claro, o casamento foi inesquecível!

Vou deixar a receita dos amanteigados de amêndoas por aqui, e em posts futuros coloco as outras, afinal esse teto já está longo demais. Aproveito esse finzinho para agradecer a Vivi, a Rena e a Kelly pela simpatia, oportunidade e confiança que depositaram em mim, e desejar toda a felicidade do mundo aos noivos!



Amanteigados de Amêndoas
[rende aproximadamente 35 biscoitos de 4,5cm de diâmetro]

Ingredientes:
2 xícaras [260g] de farinha de trigo;
1/2 colher de chá [2g] de sal;
1 xícara [200g] de manteiga sem sal em temperatura ambiente;
1/2 xícara [100g] de açúcar refinado;
1/4 de xícara [50g] de açúcar de confeiteiro;
1 colher de chá [5g] de extrato de baunilha;
2 gemas;
1 xícara [150g] de farinha de amêndoas.

1 lata de doce de leite para rechear.
Castanhas de caju moídas, pistaches em lascas ou pétalas de mini-rosas açucaradas para decorar.

Preparo:
Em uma tigela misture a farinha de trigo com o sal e reserve.
Na batedeira com o garfo tipo 'leque' bata a manteiga com os açúcares até formar um creme fofo e claro. Adicione a baunilha e as gemas e bata para incorporar. Por fim adicione a farinha de amêndoas e a mistura de farinha de trigo e sal, e bata até conseguir uma massa homogênea. Divida a massa em duas partes.
Abra uma folha de papel manteiga de 35x45cm sobre uma superfície de trabalho e coloque a massa sobre ela. Cubra com outra folha de papel manteiga do mesmo tamanho e usando um rolo, abra a massa entre as folhas até conseguir uma espessura de 0,5cm. Faça isso com as duas partes da massa.
Leve as massas, sem desembrulhar, à geladeira por 1 hora.
Preaqueça o forno a 180 graus.
Forre 2 assadeiras de 35x45cm com papel manteiga e reserve.
Retire as massas da geladeira, descarte as folhas superiores de papel manteiga e, usando um cortador do formato desejado, corte os biscoitos. Espalhe os biscoitos pelas assadeiras preparadas, deixando uma margem de 2cm entre eles.
Leve as assadeiras de volta à geladeira por 10 minutos [assim os biscoitinhos não perdem o formato quando assam], e depois ao forno preaquecido por cerca de 12 minutos ou até as bordas ficarem douradas. Retire do forno e deixe os biscoitos esfriarem completamente.
'Case' os biscoitos, aos pares, usando uma colherada generosa de doce de leite. Depois disso, passe as laterais dos biscoitos na castanha escolhida, para dar o acabamento.

Bavarian apple-almond Torte

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Olá, tudo bem?
Eu não sei com vocês, mas comigo é sempre assim: toda vez que estou olhando receitas, as que mais me chamam atenção são aquelas que pedem ingredientes que não tenho. Faço até marquinhas com post-it nas páginas ou salvo o link nos favoritos daquelas receitas imperdíveis para quando eu tiver o tal ingrediente. Daí o tempo passa, eu compro o tal ingrediente incomum e quando volto às receitas reservadas, nenhum parece boa o bastante! Da última vez, por exemplo, comprei um quilo de pecãs [impossíveis de serem encontradas por aqui] e nessa de nenhuma receita ser boa o suficiente, acabei desperdiçando quase tudo em bobeirinhas.
Mas como diria Narcisa, a 'vida é um eterno aprendizado', então quando botei a mão em dois preciosos quilos de cream cheese [compramos na Banca do Levi, no Mercadão em São Paulo - para você ter uma idéia, um quilo custou R$15,00 - aqui nos supermercados você paga no mínimo R$5,00 por míseras 150 gramas!] calculei friamente quais receitas farei com eles, quanto gastarei em cada e por quanto tempo posso manter a embalagem aberta na geladeira sem estragar. Planejamento é tudo, né?rs
A receita de hoje é a primeira a usar parte desse cream cheese, e é daquelas sobremesas perfeitas para as festas de fim de ano: com uma massa que parece biscoito amanteigado, um recheio que parece cheesecake e cobertura de maçãs e lascas de amêndoas, tem jeitão de superelaborada, mas é simples de se fazer. E nem é preciso falar sobre o aroma que se espalha durante o cozimento, né? Deixa todo mundo com água na boca!
Espero que gostem :)


Bavarian apple-almond Torte
[receita retiradadaqui]

Para a base:
1 xícara de farinha de trigo;
1 pitada de sal;
1/4 de xícara de açúcar de confeiteiro;
1/2 xícara [100g] de manteiga sem sal gelada picada em cubinhos;
1 gema;
2 colheres de sopa de água gelada.

Para o recheio de cream cheese:
1 xícara [225g] de cream cheese em temperatura ambiente;
1/4 de xícara de açúcar de confeiteiro;
1 ovo;
1 colher de chá de extrato de baunilha.

Para a cobertura:
1/3 de xícara de açúcar;
1/2 colher de chá de canela em pó;
1 pitada de noz moscada;
3 maçãs verdes [usei Granny Smith] sem cascas e sementes, cortada em fatias finas;
1/4 de xícara de amêndoas laminadas.

Açúcar de confeiteiro para polvilhar.

Prepare a massa de base:
Em uma tigela misture a farinha, o sal e o açúcar. Adicione a manteiga picada e amasse com as pontas dos dedos até formar uma farofa úmida [textura de areia molhada].
Separadamente, misture a gema com a água gelada. Adicione à mistura de manteiga, amassando somente até conseguir formar uma bola de massa.Achate a bola de massa para formar um disco, envolva-o em filme plástico e leve para gelar por meia hora, pelo menos.
Preaqueça o forno a 190 graus.
Abra a massa gelada com um rolo até conseguir a espessura de meio centímetro. Cubra o fundo e as laterais de uma forma canelada para torta de 23cm de diâmetro com a massa, apare as bordas com uma faca, cubra com papel alumínio e feijões [para fazer peso e a massa não crescer] e asse por 15 minutos. 
Retire a massa do forno, retire o papel alumínio com os feijões e deixe a massa esfriar. Reduza o forno para 170 graus.

Prepare o recheio:
Bata o cream cheese, o açúcar de confeiteiro, o ovo e a baunilha até conseguir um creme homogêneo. Recheie a massa já fria e alise a superfície com uma espátula. Reserve.

Prepare a cobertura:
Em uma tigela grande misture o açúcar, a canela e a noz moscada. Adicione as fatias de maçã e mexa bem até ficarem cobertas pela mistura de açúcar.
Distribua as fatias de maçã sobre o creme do recheio. Polvilhe as amêndoas e leve ao forno por 1 hora e meia até dourar bastante.

Deixe esfriar por uma hora, polvilhe com açúcar de confeiteiro e sirva.

Berry Tart, ou Torta de Frutos Silvestres

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Olá, tudo bem com vocês?
Outro dia eu estava assistindo MasterChef na TV [reprise da temporada de 2012, se não me engano] e a prova de eliminação entre dois cozinheiros concorrentes era fazer a mais perfeita torta de frutas frescas [Fruit Tart]. A Fruit Tart tem origem francesa e é composta de uma base de massa doce [pâte sucrée], recheada de creme de confeiteiro e coberta com frutas frescas fatiadas ou inteiras, pinceladas com alguma geléia para dar um acabamento brilhante. 
Super clássicas e realmente lindas [algumas lembram verdadeiras jóias incrustadas de pedras preciosas pela distribuição ordenada e pelo brilho das frutas, outras lembram arranjos primaveris, com amontoados quase ao acaso de vários tipos de frutas decorados com folhas de hortelã e pétalas de physalis], as tortas de frutas frescas realmente boas acabam sendo difíceis de se encontrar, já que o que parece prevalecer é a versão 'de padaria', feita com creme amarelo-hepatite, meia dúzia de fatias de fruta e uma tonelada de gelatina de brilho sem sabor algum por cima. Por isso, quando no MasterChef vi as três tortas lindas apresentadas pelo Gordon Ramsay para inspirar os concorrentes [uma de frutas vermelhas, outra de frutas tropicais e uma mais variada]  me bateu aquela vontade de preparar uma também!
Para reforçar ainda mais minha vontade, sábado eu vou ao supermercado perto da casa da minha mãe [mercadinho de bairro mesmo - em uma cidade de 25 mil habitantes] e me deparo com caixinhas de morangos pequenos e bem vermelhos [sem aquela parte branca por dentro], mirtilos, framboesas frescas [coisa que só tinha visto em São Paulo!], romãs enormes cor de vinho, amoras gordas e physalis. Parecia presente de Natal! Peguei um pouco de cada [imagina a alegria!] e com os morangos, framboesas e mirtilos preparei a receita de hoje. Preparei o creme de baunilha enquanto a massa da torta assava, deixei tudo esfriar bem e, como bom virginiano, montem a torta distribuindo as frutas cuidadosamente por cima, em círculos concêntricos. Mas você pode, claro, fazer como preferir. E usar também as frutas que preferir.

Espero que gostem [eu confesso que fiquei muito orgulhoso com o resultado] e desejo um feliz natal a todos vocês!


Berry Tart [ou Torta de Frutos Silvestres Frescos]
[receita retirada daqui, rende uma torta de 23cm de diâmetro]

Para a massa de base:
1 xícara de farinha de trigo;
1/4 de xícara de açúcar;
1 pitada de sal;
100g de manteiga sem sal gelada, picada;
1 gema de ovo;
4 ou 5 colheres de sopa de água gelada.

Para o creme de confeiteiro:
2/3 de xícara de açúcar;
1/4 de xícara de amido de milho;
1 pitada de sal;
2 e 1/2 xícaras de leite integral;
1fava [sementes e vagem] de baunilha;
4 gemas;
2 colheres de sopa de manteiga sem sal.

Para a cobertura:
150g de framboesas frescas, lavadas e secas;
150g de mirtilos frescos, lavados e secos;
200g de morangos frescos, lavados, sem cabinhos e secos e partidos ao meio [escolha os menores e mais maduros].

2 colheres de sopa de geléia de damasco ou maçã [ou qualquer geléia transparente/amarelada];
4 colheres de sopa de água.

Prepare a massa de base:
Em uma tigela misture a farinha, o sal e o açúcar. Adicione a manteiga picada e amasse com as pontas dos dedos até formar uma farofa úmida [textura de areia molhada].
Separadamente, misture a gema com a água gelada. Adicione à mistura de manteiga, amassando somente até conseguir formar uma bola de massa.Achate a bola de massa para formar um disco, envolva-o em filme plástico e leve para gelar por meia hora, pelo menos.
Preaqueça o forno a 190 graus.
Abra a massa gelada com um rolo até conseguir a espessura de meio centímetro. Cubra o fundo e as laterais de uma forma canelada para torta de 23cm de diâmetro com a massa, apare as bordas com uma faca, cubra com papel alumínio e feijões [para fazer peso e a massa não crescer] e asse por 20 minutos. 
Retire a massa do forno, retire o papel alumínio com os feijões e volte a massa ao forno por mais 15 minutos até dourar bem.
Retire do forno e deixe esfriar completamente.

Enquanto a massa assa, prepare o creme de confeiteiro:
Leve ao fogo baixo o leite, as sementes e a fava de baunilha. Quando começar a ferver, apague o fogo, tampe a panela e deixe em infusão por 15 minutos.
Depois disso, retire a fava e volte o leite ao fogo baixo.
Enquanto isso, em uma tigela e usando um fouet, bata o açúcar, amido, sal e as gemas até conseguir um creme amarelo pálido. Quando o leite começar a ferver novamente, retire do fogo e derrame metade sobre o creme, batendo sem parar para que os ovos não cozinhem.
Volte a mistura de leite e creme para a panela, junto com o restante do leite, e cozinhe em fogo médio, mexendo com o fouet, até o creme ferver e engrossar [marque um minuto após iniciar a fervura].
Fora do fogo, incorpore a manteiga, cubra o creme com filme plástico e leve à geladeira por uns 45 minutos, pelo menos.

Montando a torta:
Em uma panelinha, leve a geléia e á água ao fogo baixo, misturando até amornar. Reserve.
Desenforme a massa de torta, já fria, e passe para o prato de servir. 
Retire o creme da geladeira e bata bem com o fouet [ou rapidamente na batedeira] para ficar bem homogêneo e sem carocinhos. Recheie a torta com esse creme e alise a superfície. 
Por cima, distribua as frutas em círculos concêntricos [comecei por uma borda de framboesas, depois mirtilos, depois mais framboesas e completei o meio com os morangos] ou da forma que preferir.
Pincele as frutas com a geléia diluída fria.
Leve à geladeira até o momento de servir.

Cheesecake Mesclado de Framboesa

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Olás!
Já chegou 2014 e eu nem me toquei que em dezembro último A Cozinha Coletiva completou quatro anos no ar! São 330 receitas postadas [mais umas 200 não-postadas - umas que deram errado, outras que não gostei, ou ainda que não renderam boas fotos], 6870 comentários, mais de 1000 seguidores no Twitter e uma página tardia no Facebook [demorei pra me render ao Face] com mais de 7000 membros! E claro, pelo menos umas 12000 fotos tiradas [ dessas umas 2000 aproveitadas] usando ao todo 5 câmeras diferentes. Então meu sincero obrigado a você que acompanha essa história desde o início, a você que chegou mais tarde e gostou ou a você que está visitando essa página pela primeira vez. Espero que isso aqui seja tão divertido pra vocês quanto é para mim!
Falando em números, foram 8 receitas de cheesecake postadas ao longo desses anos, todas em busca da tríplice perfeição - base sequinha de biscoito, interior úmido e macio - doce e levemente ácido - e superfície branquinha e uniforme [sem dourados, sem rachaduras, sem 'estufamentos']. Não é querendo me gabar não, mas acho que a receita de hoje comprova que valeram as tentativas! O segredo? Banho-maria!
Pois é, depois de insistir em receitas de cheesecakes assados direto no forno, me rendi ao banho-maria. E percebi que deveria ter feito isso antes! Não que os cheesecakes anteriores não tenham dado certo [a partir do terceiro ou quarto eu já consegui bons resultados, sem rachaduras e relativamente clarinhos por cima], mas podem dar tanto trabalho [controlando o calor do forno para não dourar nem inflar, tomando os cuidados para depois de assado esfriar bem devagar, para não rachar nem murchar] que o preparo até perde a graça. Já no banho-maria, a água fervente mantém uma temperatura sempre constante e moderada, permitindo que o cheesecake cozinhe lentamente e de maneira uniforme, sem perder a umidade, sem inflar nas bordas e sem pegar cor. E cheesecake assado em banho-maria raramente apresenta rachaduras [já que fica mais difícil de passar do ponto, pelo cozimento lento - o ponto é firme nas laterais e ainda 'trêmulo' no meio, basta dar uma mexidinha na assadeira pra verificar].
Ah, uma última dica  - não lembro onde li isso, mas é batata: depois de adicionar cada ovo, bata em velocidade médio-baixa contanto 32 vezes, então adicione o próximo. Apenas 32 vezes por ovo, porque se você incorporar ar demais, os ovos [como num souflé] fazem o creme crescer, inflar e depois abaixar, e a gente que um cheesecake retinho, né?].
Espero que gostem!


Cheesecake Mesclado de Framboesa
[receita levemente adaptada daqui, rende um cheesecake de 23cm de diâmetro]

Ingredientes da base:
1 xícara de biscoitos tipo 'Maria' triturados [meça depois de triturar];
2 colheres de sopa de manteiga sem sal derretida.

Ingredientes do coulis de framboesas:
200g de framboesas [ou mirtilos, ou morangos, ou manga, ou amoras];
2 colheres de sopa de açúcar.

Ingredientes do creme de queijo:
750g de cream cheese de boa qualidade em temperatura ambiente;
1 e 1/2 xícaras de açúcar refinado;
Raspas de 1 limão [a receita não pede, mas eu acho fundamental];
1 pitada de sal;
1 colher de chá de extrato de baunilha;
1 colher de sopa de farinha de trigo [ajuda a não rachar];
1 colher de sopa de suco de limão [também acho necessário];
4 ovos, em temperatura ambiente;
Água fervente para o banho-maria.

Prepare a base:
Preaqueça o forno a 180 graus;
Envolva uma fôrma de 23cm de diâmetro de fundo falso em 2 folhas de papel alumínio, cobrindo fundo e laterais pelo lado de fora - assim não tem perigo da água do banho-maria entrar na fôrma pela fundo removível. Reserve.
Misture os biscoitos triturados fininho com a manteiga, até formar uma farofinha úmida.
Usando as costas de uma colher, pressione essa mistura sobre o fundo da fôrma preparada, formando a base do cheesecake. Leve ao forno por 10 minutos.
Retire do forno e deixe esfriar.
Abaixe o forno para 160 graus.

Prepare o coulis de framboesa:
No liquidificador, bata as frutas com o açúcar por 30 segundos. Passe por uma peneira fina, para retirar as sementinhas, e reserve.

Prepare o creme de queijo:
Misture as raspas de limão com o açúcar, apertando com as pontas dos dedos para o sabor se espalhar pelo açúcar. Reserve.
Bata o cream cheese na batedeira, em velocidade média e usando o garfo tipo 'raquete', por 3 minutos, até ficar bem macio. Diminua a velocidade da batedeira e adicione o açúcar, batendo até incorporar. Adicione a baunilha, a farinha e o suco de limão e bata para incorporar.
Em velocidade médio-baixa, adicione os ovos, um por vez, batendo por 32 vezes [conte as voltas da batedeira planetária ou os segundos, se sua batedeira não for planetária] antes de adicionar o próximo ovo, lembrando de raspar as laterais da tigela com uma espátula.
Cubra a base pronta com o creme de queijo.

Mesclando o cheesecake:
Usando uma colher, distribua gotas grandes do coulis de framboesa, formando pequenos círculos sobre toda a superfície do creme de queijo [provavelmente vai sobrar coulis, que você pode guardar na geladeira para servir com o cheesecake]. Use um palito para mesclar o coulis com o creme, fazendo movimentos circulares.
Coloque a fôrma dentro de uma assadeira funda. Leve para a gradinha do forno e só então adicione a água fervente à assadeira, o suficiente para chegar a metade da altura da fôrma de cheesecake. Feche o forno e asse por cerca de 65 minutos [ o meu demorou 75 minutos], até que as laterais estejam firmes mas o centro ainda 'trêmulo' [balance devagar a fôrma para descobrir se está no ponto].
Transfira o cheesecake para uma gradinha e deixe esfriar completamente. Depois leve à geladeira por 6 horas, ou de um dia para o outro.
No momento de servir, passe uma faquinha sem serra entre a fôrma e o cheesecake, para desgrudar o creme, e desenforme. Sirva com o coulis restante.



Tatin de Pêssegos e Butterscotch

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Olás, tudo bem?
As vezes eu acho que a fruta cozida no açúcar é o equivalente na confeitaria da fritura por imersão, na gastronomia salgada. Em ambas as técnicas a preocupação é concentrar sabor, seja descartando o excesso de líquidos, seja amaciando a textura sem desmanchar, seja formando superfícies douradas [ah, os dourados e os crocantes!] onde o sabor se esconde e derrama na boca quando provadas. Cozinhar fruta no açúcar é quase uma redução de molho, onde no fim resta apenas o essencial  extraído, concentrado, marcante. 
Ok, talvez a doçura do prato devorado com sorvete de creme tenha me embriagado o suficiente para escrever esse ode à fruta caramelada, mas verdade é que, seja por acidente ou não [a lenda diz que a receita da torta invertida vem de um acidente culinário: a torta foi para o forno sem  massa] as irmãs Tatin inventaram um modo de se fazer torta que explora todo o potencial do sabor da fruta. Além de ser linda, claro. Além de ficar ainda mais incrível servida quente com uma bola de sorvete de creme, também.

A versão de hoje leva alguns ingredientes além dos comuns de uma Tart Tatin [açúcar mascavo, fava de baunilha e uísque], mas você pode simplificar, se preferir. E variar na fruta, claro.
Espero que gostem!


Tatin de Pêssegos e Butterscotch
[receita adaptadaaqui]

Ingredientes para a massa:
Você pode usar 300g de massa folhada comprada pronta ou, se preferir [eu geralmente prefiro], fazer uma massa básica de torta com:
1 e 1/4 xícaras de farinha de trigo;
2 colheres de chá de açúcar;
1/2 colher de chá de sal;
1/2 xícara [100g] de manteiga sem sal gelada, picada em cubinhos;
3 ou 4 colheres de sopa de água gelada.

Ingredientes para o recheio:
6 pêssegos maduros, sem caroço, cortados em fatias de 1cm de espessura;
4 colheres de sopa [60g] de manteiga sem sal;
1/2 xícara de açúcar mascavo [usei o claro, mas pode ser o escuro também];
1 pitada de sal;
1/2 fava de baunilha, fava e sementes;
1 colher de sopa de uísque escocês.

Sorvete de creme, para acompanhar.

Prepare a massa:
Em uma tigela misture farinha, açúcar e sal. Adicione a manteiga gelada e amasse com as pontas dos dedos até formar uma farofinha úmida. Adicione as colheradas de água, uma a uma, apenas até conseguir dar liga para formar uma bola de massa. Achate a bola de massa com as mãos, formando um disco, embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por 15 minutos.

Prepare o recheio:
Preaqueça o forno a 200 graus.
Em uma frigideira anti-aderente de 24cm de diâmetro e que possa ir ao forno*, derreta a manteiga em fogo médio-alto. Adicione o açúcar, sal e as sementes e fava de baunilha e cozinhe, sem misturar om colher, apenas girando a frigideira de vez em quando, por uns 4 minutos, até o açúcar derreter e ficar dourado claro [não se preocupe se o açúcar e a manteiga não se misturarem totalmente, isso se resolve depois, no forno]. 
Abaixe o fogo, adicione as fatias de pêssego, formando um desenho de círculos concêntricos, adicione o uísque e deixe evaporar por um minuto. Apague o fogo.

Abra a massa gelada sobre uma superfície limpa e enfarinhada e usando um rolo de macarrão, até conseguir um círculo de 28cm de diâmetro, mais ou menos. Cubra as frutas com o disco de massa, pressionando nas laterais da frigideira. Faça furos na massa com a ponta de uma faca para o vapor escapar.
Leve ao forno por 30 minutos, ou até a massa dourar e secar.
Deixe esfriar por 5 minutos, e então vire a torta sobre um prato de servir, com cuidado para não se queimar com a calda.
Serva quente, em fatias com uma bola de sorvete de creme por cima.


*Se você não tiver uma frigideira que possa ir ao forno [sem cabo plástico ou de madeira], faça o caramelo na frigideira e passe-o para uma assadeira redonda. Cubra com as frutas e o uísque e leve ao forno para evaporar por 1 minuto. Então cubra com a massa e leve para assar.

Waffles de Banana e Chocolate

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Olás, tudo bem com vocês?
Eu to feliz! Finalmente comprei uma máquina de assar waffles e desde então ando experimentando tantas receitas que os cafés da manhã aqui de casa estão cada dia mais caprichados! Descobri que existe uma infinidade de tipos de waffles, desde alguns bem parecidos com tradicionais panquecas americanas [bem fofinhos e neutros] quanto outros que lembram massa choux ou que levam fermento biológico ou que ficam durinhos e crocantes como casquinha de sorvete.
A receita de hoje, primeira por aqui, é das mais simples: basta misturar todos os ingredientes, aguardar a massa descansar um bocadinho e pronto, assar os waffles. Dá para comê-los puros, com manteiga, mel ou calda, ou com frutas frescas, como eu preferi. Dá para utilizar uma máquina mesmo ou aqueles ferros de fazer waffles na boca do fogão - eu comprei uma máquina porque tenho o péssimo hábito de conseguir queimar até misto quente naqueles ferros, e os preços são bem parecidos. Ah, e dá para guardar os waffles que sobrarem [se sobrarem] e reaquecê-los na própria máquina [ou ferro]. E aqui vai um dica que já descobri, mesmo com minha pouca prática em waffles: na hora de reaquecê-los, polvilhe o waffle com açúcar dos dois lados, antes de colocar na máquina. Ele vai ficar fofinho por dentro, crocante por fora e ainda com uma casquinha de açúcar caramelizado que dá toda a graça, vai por mim!
Espero que gostem :)


Waffles de Banana e Chocolate
[receita retirada daqui,  rende 5 waffles redondos grandes]

Ingredientes:
2 xícaras de farinha de trigo;
2 colheres de sopa de açúcar;
1/2 colher de chá de sal;
1 colher de sopa de fermento em pó;
1/2 colher de chá de canela em pó;
1 e 2/3 xícaras de leite;
2 ovos;
6 colheres de sopa de óleo vegetal;
2 bananas nanicas maduras, amassadas;
1/2 xícara de gotas de chocolate [usei amargo 70%, picado em pedacinhos].

Fatias de banana e outras frutas frescas, mel e raspas de chocolate,para servir.
Manteiga para untar a máquina de waffles.

Preparo:
Misture todos os ingredientes em uma tigela grande até conseguir uma massa uniforme. Deixe descansar por 5 minutos.
Aqueça a chapa de waffles, untando com um pouquinho de manteiga.
Espalhe aproximadamente 2/3 de xícara de massa na chapa e feche a máquina. Espero o tempo de preparo indicado no manual [eu faço na temperatura mais alta, pois gosto dos waffles bem dourados, por uns 4 minutos. Retire o waffle com cuidado. Prepare os outros da mesma forma.
Se preferir servi-los todos juntos, você pode manter os waffles quentes, dentro do forno ligado bem baixinho, enquanto prepara os outros.
Sirva quente com frutas frescas, raspas de chocolate, mel e o que mais preferir.

Torta de Pudim de Chocolate

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Olás, tudo bem?
Quando eu vi essa receita pela primeira vez, procurando doces achocolatados pra preparar para o meu irmão [que sempre reclama quando não vai chocolate e/ou doce de leite na sobremesa], duvidei de que esse creme de chocolate fosse ficar bom. Onde já se viu creme sem gemas, sem manteiga, sem pelo menos um tantinho de creme de leite?! Ah não, isso pra mim é mingau, pensei. Igual ao mingau que a gente fazia quando era criança e batia vontade de um docinho, com maizena e nescau, e que dava uma azia danada depois. Mas como o Smitten Kitchené um dos meus blogs de comida e fotografia preferidos [você conhece? Vale uma visita!] resolvi confiar e arriscar.
E não é que me surpreendeu?! Dito e feito, o suposto mingau muda completamente de cor e de textura assim que os primeiros pedaços de chocolate caem na mistura quente e começam a derreter: o creme se torna escuro, forte, untuoso e macio, totalmente diferente daqueles pudinzinhos de chocolate de caixinha que inspiram essa receita. 
Falando em chocolate, aqui vai uma dica fundamental: use um 60 ou 70% cacau da melhor qualidade. Como o creme leva poucos ingredientes, é o chocolate que vai ser responsável pelo sabor final. E você não vai querer um sabor mais ou menos, né? 
Outra coisa: a receita original pede uma base de massa de torta assada, como a desse link. Eu testei usando a base indicada e uma alternativa com massa de biscoitos triturados, e tenho de dar o braço a torcer que dessa vez preferi a massinha de biscoitos, que se comporta melhor quando gelada. Por isso a indicação dela na receita. 
Uma última alteração minha: troquei parte do cacau em pó por um pouco mais de chocolate em barra, 70%. Questão de gosto pessoal mesmo. A receita vai aqui com as minhas medidas.
Espero que gostem... mas em se tratando de chocolate, desconfio que não tem como não gostar, né?!


Torta de Pudim de Chocolate
[receita adaptada daqui, rende uma torta de 22cm de diâmetro]

Ingredientes para a massa:
200g de biscoito tipo 'Maria';
100g de manteiga sem sal, derretida.

Ingredientes para o pudim de chocolate:
3 xícaras [720ml] de leite integral;
1/2 xícara de açúcar;
1/4 de xícara de amido de milho;
2 colheres de sopa de cacau em pó;
1/4 da colher de chá de sal;
180g de chocolate 70% cacau, de boa qualidade, picado;
1 colher de chá de extrato de baunilha;

Para a cobertura:
1 xícara de creme de leite fresco gelado;
2 colheres de sopa de açúcar;
Raspas de chocolate [usei o mesmo do recheio] para decorar.

Prepare a massa:
Preaqueça o forno a 180 graus.
No processador ou liquidificador triture os biscoitos [eu trituro um pouco de cada vez, para ficar bem moído] até formar uma farinha grossa. Adicione a manteiga derretida e misture bem.
Cubra o fundo e as laterais de uma fôrma de tortas de 22cm de diâmetro com essa mistura, apertando com as costas de uma colher para compactar bem.
Leve ao forno por 10 minutos, ou até as bordas começarem a dourar levemente.
Retire do forno e deixe esfriar.

Prepare o pudim de chocolate:
Em uma panela de fundo grosso misture o açúcar, o amido, o cacau e o sal. Adicione o leite aos poucos, mexendo com um fouet para não formar grumos. Leve a panela ao fogo médio, mexendo constantemente. Quando começar a ferver, cozinhe o creme sem parar de mexer por dois minutos, para engrossar.
Retire do fogo e adicione o chocolate picado, misturando com uma espátula até derreter completamente. Por fim, incorpore a baunilha.
Recheie a base preparada com o pudim, cubra com filme plástico, para não formar película, e leve à geladeira por pelo menos duas hora, até firmar [eu preparei na véspera].

Na hora de servir, prepare o chantilly:
Na batedeira ou com o fouet, bata o creme de leite fresco bem gelado com o açúcar até conseguir picos macios. Distribua o creme chantilly sobre o centro da torta, cubra com as raspas de chocolate e sirva.

Waffles Churros com doce de leite

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Olás, tudo bem?
Ontem fui acompanhar meu irmão até a rodoviária logo cedinho, e como sei que ele acaba sempre tomando café na padaria [pão com mortadela e coca-cola, mais especificamente] resolvi levar o lanche de casa, pra comermos juntos antes do ônibus. Em se tratando do meu irmão, doce de leite é a chave para agradá-lo. Então é claro que me lembrei desses waffles de churros com doce de leite que eu tinha visto no Prato Fundo, quando eu ainda nem tinha uma máquina de fazer waffles.
Comprei minha máquina faz pouco tempo, mas tenho usado bastante, e a maioria das receitas que experimentei  renderam waffles deliciosos, mas com textura de panqueca americana, bons pra comer com mel ou xarope. 
A massa desse aqui é surpreendentemente diferente! Bem menos líquida quando crua e mais macia depois de cozida, lembra mais um pãozinho doce ou donut do que uma panqueca ou um churro [como o nome sugere]. Sabe aqueles pretzels gordinhos vendidos em quiosque de shopping center? Então, achei sabor e textura iguaizinhos aos deles! Ainda mais depois de pincelados com manteiga derretida e passados no açúcar com canela. Deliciosos! Ah, e claro, servidos com doce de leite, arrebentam a boca do balão! 
Foi um belo café da manhã. Espero que vocês também gostem!


Waffles Churros com doce de leite
[a receita vemdaqui, mas adaptei as medidas para xícaras, ok? Rendeu quase quatrodiscos de waffles de 18cm de diâmetro cada].

Ingredientes:
1/2 xícara mais 1/3 de xícara [200ml] de leite integral;
3/4 de xícara [115g] de farinha de trigo;
1/4 de xícara [35g] de amido de milho;
3 colheres de sopa [30g] de açúcar cristal;
1 ovo, clara e gema separadas;
2 colheres de sopa [25g] de manteiga sem sal, derretida;
1 colher de sopa [8g] de fermento em pó;
1 pitada [1,5g] de sal.

Manteiga sem sal derretida para pincelar [umas 2 colheres de sopa bastam].
Açúcar cristal e canela em pó para polvilhar. 

Doce de leite cremoso, para servir.

Preparo:
Em um prato misture açúcar cristal com canea em pó, na proporção de sua preferência, e reserve [você vai utilizar no final, para passar os waffles prontos].

Em uma tigela peneire os secos: a farinha, o amido, o açúcar, o fermento em pó e o sal. Misture bem e reserve.
Em outra tigela misture os líquidos: o leite, a manteiga derretida e a gema de ovo. Reserve.
Em outra tigelinha bata a clara em neve. Reserve.
Misture os líquidos aos secos, mexendo bem para desfazer os grumos. Por fim adicione a clara em neve e misture com uma colher com movimentos do fundo para cima, sem bater, só para incorporar.

Distribua colheradas dessa massa na máquina ou ferro de waffles quente, conforme indicação do fabricante.

Deixe os waffles esfrarem ligeiramente [só um pouquinho mesmo, você vai perceber q ficam mais firmes], então pincele-os com a manteiga derretida dos dois lados e passe-os pelo açúcar com canela.
Distribua colheradas de doce de leite nas cavidades dos waffles e sirva imediatamente.

Torta de amêndoas italiana com geléia de groselhas

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Olás, tudo bem?
Eu estava em São Paulo a trabalho e como o expediente acabou cedo, aproveitei para dar uma passada na Rua Paula Souza [aquela cheia de lojas de panelas e equipamentos para cozinha - sempre passo por lá, geralmente nunca compro nada..rs] e almoçar no Mercadão, ali pertinho. A idéia era aproveitar o Mercadão para comprar cream cheese em embalagem de 1,5kg [sou daqueles que levam até uma bolsa térmica junto] e um quilo de noz pecã [coisas que por aqui não existem], mas quando bati os olhos naqueles pequenos rubis brilhantes piscando pra mim do alto das bancas de frutas, nada mais importava. Groselhas! Comprei, claro. Quatrocentos gramas. Quase cinquenta reais. Susto e encantamento, estava hipnotizado pela beleza daquelas pérolas vermelhas.
No dia seguinte o desencanto: as groselhas são muito azedas! Azedas e picantes. Não é a toa que são muito mais usadas como decoração do que como ingrediente. Bom, engoli minha decepção e resolvi remediar com açúcar: fiz um vidro pequeno da geléia de groselhas do David Lebovitz, facílima, que combinada com a maciez e o leve aroma de laranja do marzipan caseiro da Pat, do Technicolor Kitchen [ótima dica, vou ter que fazer sempre!] rendeu uma bela torta para a hora do café!
Óbvio que pode ser feita com geléia de outras frutas, né? Espero que gostem! :)


Torta de Amêndoas Italiana com geléia de groselha
[receita levemente adaptada daqui]

Ingredientes para a massa:
1 xícara de farinha de trigo;
1/3 de xícara [65g] de manteiga amolecida, sem sal;
1/4 de xícara [50g] de açúcar;
1 gema;
1 pitada de sal.

Ingredientes para o recheio de marzipan:
1/2 xícara mais 1 colher de sopa [115g] de manteiga sem sal, em temperatura ambiente;
225g [1/2 receita] de marzipan* picado em cubinhos;
1/4 de xícara [55g] de açúcar cristal;
2 ovos;
1/3 de xícara [50g] de farinha de trigo;

300g de geléia de groselha**:
1/3 de xícara [50g] de amêndoas fatiadas;
Açúcar para polvilhar.

Prepare a massa:
Em uma tigela coloque a manteiga amolecida, o açúcar e o sal, e trabalhe amassando com a palma das mãos por alguns instantes. Acrescente a gema e misture. Junte a farinha peneirada, misturando até conseguir uma massa homogênea. Enrole em filme plástico e leve a geladeira por meia hora.
Abra a massa, com um rolo ou apertando com as pontas dos dedos, sobre o fundo e laterais de uma fôrma  canelada de 22cm de diâmetro, de fundo removível. Fure a massa com um garfo. Reserve no freezer por 10 minutos.
Preaqueça o forno por 10 minutos em 180 graus.
Cubra a massa gelada com uma folha e papel alumínio e por cima coloque algum peso [feijões, por exemplo]. Leve para assar por 15 minutos.
Retire do forno.

Prepare o recheio de marzipan:
Na batedeira ou usando um bom fouet, bata a manteiga em uma tigela até ficar pastosa. Adicione os cubinhos de marzipan e bata bem, até ficar um creme homogêneo. Continue batendo e adicione o açúcar.
Junte um ovo de cada vez, batendo após cada adição. Por fim, incorpore a farinha de trigo.

Montando a torta:
Sobre a massa pré-assada, espalhe a geléia de groselhas. Por cima, distribua colheradas do creme de marzipan e alise com uma espátula. Espalhe as amêndoas fatiadas e polvilhe açúcar.
Volte a torta para o forno por 35 minutos, até o recheio firmar e dourar.
Sirva em temperatura ambiente.

*Marzipan caseiro
[rende aproximadamente 500g de marzipan, receita adaptada daqui]

Ingredientes:
1 ovo grande;
1/4 da colher de chá de extrato de baunilha;
1/2 xícara [90g] de açúcar refinado;
1 xícara [140g] de açúcar de confeiteiro, peneirado;
2 e 1/4 xícaras [220g] de farinha de amêndoas;
Raspas da casca de laranja ou 2 colheres de sopa de Cointreau.

Preparo:
Bata ligeiramente o ovo com a baunilha. Reserve.
Em uma tigela misture os açúcares, a farinha de amêndoas e as raspas de laranja ou o Conitreau. Junte a mistura de ovo, misturando com uma colher e depois amassando com as mãos, até conseguir uma textura homogênea. Faça uma bola com a massa, envolva em filme plástico e conserve na geladeira [deixe na geladeira pelo menos três horas antes de usar]. Dura até um mês!


**Geléia de groselha vermelha
{receita retiradadaqui]

Ingredientes:
Groselhas e açúcar, a mesma medida.

Preparo:
Lave as groselhas e retire os cabinhos. Coloque em uma panela e adicione água o suficiente para apenas cobrir o fundo da panela. Leve ao fogo, mexendo constantemente, até as groselhas ficarem macias.
Passe por uma peneira, apertando bem para conseguir tirar todo o sumo das groselhas. Descarte cascas e sementes.
Meça a quantidade de suco obtida: vai ser a mesma de açúcar necessária.
Junte o suco com o açúcar, em uma panela, e leve ao fogo médio alto, mexendo até o açúcar se dissolver. Quando começar a ferver, deixe por 5 minutos.
Apague o fogo, retire qualquer espuma que tenha se formado, e passe a geléia quente para vidro esterilizados. Tampe-os, vire-so de cabeça para baixo e deixe esfriar completamente.

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